Pneumologista explica como amenizar os sintomas em quadros leves de gripes e resfriados, e quando é necessário procurar o atendimento médico presencial em um serviço de saúde
Tosse seca, coriza, narinas ressecadas… Esses são alguns dos sintomas de que as pessoas reclamam com a chegada do outono, época do ano em que as temperaturas começam a cair e o clima fica mais seco, o que favorece a proliferação de vírus respiratórios e aumenta o risco de contaminação e a incidência de doenças como gripes e resfriados.
O pneumologista Gustavo Prado, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que, além das doenças infecciosas, também pode ocorrer um aumento de pneumonia causada por agentes virais e crises de doenças respiratórias crônicas, como a asma.
“Embora na maior parte das vezes as pneumonias sejam causadas por bactéria, pelo menos 30% delas são por vírus. Os principais gatilhos para crises de asma, por exemplo, são a infecção viral e a poluição atmosférica, e por conta do tempo seco nessa época do ano normalmente há uma concentração maior de poluentes, causando uma incidência maior de crises e algumas delas podem precisar de intervenção médica ou hospitalar”, afirma o médico.
A doença pulmonar obstrutiva crônica, um conjunto de condições respiratórias anteriormente chamadas de bronquite crônica do fumante e de enfisema pulmonar, também costuma se agravar nessa época, segundo o especialista.
“A redução da temperatura e a permanência mais prolongada das pessoas em ambientes fechados favorecem a transmissão e o contágio dos vírus, por isso vemos um aumento tanto de doenças infecciosas como de doenças inflamatórias, que podem ter suas crises provocadas por uma infecção respiratória”, destaca Prado.
O especialista destaca que diversos vírus respiratórios, desde o influenza ao próprio coronavírus, podem provocar um conjunto de sintomas muito parecidos, como congestão nasal, secreção nasal, desconforto na garganta, tosse, espirro, dor de cabeça e febre.
Nesses casos, a estratégia de tratamento para os sintomas pode ser dividida em dois grupos: para aquelas pessoas que não têm nenhuma doença respiratória crônica e para aquelas que têm.
Para o primeiro grupo, sintomas mais leves como dor no corpo, dor de cabeça, febre por menos de três dias podem ser tratados com analgésicos e antitérmicos, além do soro fisiológico nasal para a lavagem do nariz.
“É importante continuar atento aos sinais de alarme que aprendemos durante a pandemia, como falta de ar, um cansaço desproporcional e febre persistente por mais de três dias, que devem ser submetidos a uma avaliação presencial de um profissional de saúde em um serviço de urgência”, orienta o médico.
Para aquelas pessoas que já convivem com doenças respiratórias crônicas, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica, Prado ressalta a importância da manutenção do tratamento prescrito pelo médico que, nesse caso, serve não apenas para amenizar os sintomas, como também para reduzir o risco de crises.
“Essas pessoas já têm um plano de tratamento das crises orientado pelo médico que as acompanha, então quem tem doenças respiratórias crônicas costuma ter na na sua receita qual é o medicamento de controle diário e qual é o medicamento para ser usado nas crises, e aí quando houver uma crise que não responda àquela estratégia já prescrita, é importante procurar um serviço de saúde”, explica o pneumologista.
Nos dois anos de pandemia de Covid-19, as estratégias individuais de proteção contra o coronavírus ficaram de lição, também, para a prevenção de outros vírus respiratórios. O uso de máscara em locais com alta concentração de pessoas, a higienização das mãos com álcool gel e a ventilação dos ambientes também são medidas importantes para evitar gripes e resfriados, segundo Prado.
“Percebemos que essas medidas foram importantes, tanto que ao longo dos últimos anos houve uma baixa na taxa de infecções respiratórias causadas pelos vírus que habitualmente costumávamos ver. Então acho que podemos estender essas medidas de prevenção e incorporar novos hábitos. Antigamente era muito comum as pessoas irem trabalhar com gripe e era extremamente raro as pessoas usarem máscara”, destaca o médico.
Além das medidas não farmacológicas de proteção, o pneumologista explica que a vacina é a principal maneira de prevenir infecções respiratórias causadas pelo coronavírus e pelo vírus influenza.
“Ainda temos uma parcela da população que não completou o esquema vacinal contra a Covid-19. Também é importante ficar atento ao calendário vacinal para gripe, que vai se iniciar em abril, porque é uma medida reconhecidamente eficaz e segura para reduzir o risco dessas infecções e das complicações que podem sobrevir a essas infecções, como reduzir o risco de a pessoa ser hospitalizada por uma pneumonia”, destaca o médico.
Fonte: Viva o Condomínio
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