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Síndico, siga estas dicas e tenha mais tranquilidade em suas férias!

Final de ano, férias… Sim, descansar e dar uma esticada até a praia também é para o síndico. Veja como se programar e deixar tudo em ordem no condomínio

Todo mundo precisa de férias, certo? E com o síndico não é diferente, afinal descanso é uma necessidade do ser humano. Quem leva a sindicatura a sério e tem um compromisso com o bem estar da comunidade e do condomínio, tem muito trabalho todos os dias.

“Tem gente que acha que é só olhar a pasta, que é a administradora que faz tudo. Mas o síndico tem que lidar com vizinhos complicados, muitas vezes mal educados, com expectativas de funcionários, pandemia… é uma carga e atenção diárias muito grandes. Para dar conta de tudo isso, ele tem que se cuidar para não ter um esgotamento e adoecer”, alerta a psicóloga Mariana Lima.

Mas antes de fazer as malas, é importante tomar algumas providências para que tudo transcorra bem nas férias do síndico que, vale lembrar, não é funcionário do condomínio, mas, sim, um representante eleito.

Então para que você, gestor, possa curtir o período de férias com tranquilidade, o SíndicoNet organizou tudo relacionado ao tema nesta matéria. Confira!

 Nesta matéria você vai ler: 

Quem deve substituir o síndico nas férias?

“Antes de tudo, é importante checar a convenção do condomínio para saber qual é a regra em caso de férias do síndico”, aponta o diretor da administradora GK Gabriel Karpat.

Isso porque algumas convenções apontam que é o subsíndico quem deve assumir, e, em outros documentos, o presidente do conselho.

Se o documento não mencionar nada, o ideal é trazer o tema para a próxima assembleia deliberar.

“É melhor dividir esse tipo de decisão com todos”, ensina Maria Estela Capeletti, advogada especialista em condomínios e colunista do SíndicoNet.

Um ponto importante a ser ressaltado é que o síndico segue sendo o responsável pelo condomínio mesmo durante a sua ausência.

Quando o condomínio conta com um síndico profissional, o mesmo pode ter uma equipe ou atuar com prepostos, que o auxilia durante suas férias.

O que o síndico deve fazer antes de ir viajar?

É claro que todo mundo está sujeito a imprevistos e a ter que se ausentar de uma hora para outra.

Porém, para curtir as férias tranquilo, o síndico pode tomar algumas providências para que tudo transcorra de forma adequada na sua ausência, e evitar ser acionado constantemente no período:

“Seja para dizer ‘ligue para a administradora’ ou ‘chame a polícia’, o zelador deve saber pelo menos por onde começar a resolver o problema”, explica Gabriel Karpat.

Quando o condomínio conta com um síndico profissional, o mesmo pode ter uma equipe que o auxilie durante suas férias. Mas mesmo assim é importante que avise quando se ausentará.

Síndico profissional: providências adicionais

No caso de condomínio com síndico profissional, além de todas as providências acima, há outras medidas a serem tomadas, listadas pelas síndicas profissionais Roberta Migliolo e Karina Nappi:

Situações de emergência: orientações sobre como proceder

Em casos de emergência durante o período de ausência, o zelador e um morador do condomínio podem tomar a frente da situação. Por exemplo, se um cano estourar e alagar parte da garagem, os dois entram em contato com uma empresa especializada para rapidamente reparar o dano.

Também é recomendado, se necessário, utilizar-se dos serviços da seguradora do condomínio. A maioria, hoje em dia, oferece assistência técnica para vários casos emergenciais, como canos estourados e chaves emergenciais, por exemplo.

Telefones úteis para deixar com o encarregado

Devem estar nesta lista também os números de emergência da empresa de manutenção de elevadores, da seguradora do condomínio, empresas de manutenção das bombas e portões.

“Importante salientar que os gastos provenientes desse tipo de situação devem ser justificados na próxima assembleia“, assinala Gabriel Karpat.

Dicas de planejamento e blindagem para as férias do síndico

Confira as dicas adicionais da psicóloga Mariana Lima para se organizar para tirar férias com mais leveza. Ela já foi conselheira ativa no condomínio por oito anos e tem muita familiaridade com a rotina intensa de síndicos:

Existe remuneração de férias para o síndico?

Apesar de na maioria dos condomínios haver remuneração (salário ou isenção da cota condominial), a figura do síndico não configura vínculo trabalhista ou outros benefícios. Portanto, a antecipação de décimo terceiro salário ou outros benefícios da legislação trabalhista não estão previstos – a exceção é o recolhimento do INSS, como previsto na lei.

Já os síndicos profissionais dependem de seu contrato com o condomínio. Há aqueles que prevêem ausências, outros não. Há ainda os que contam com substitutos para os condomínios durante o período de férias. Mesmo assim, o gestor deve avisar sobre o período que estiver de férias.

Como é um prestador de serviços, o recolhimento do seu INSS deve seguir o mesmo critério dos outros contratados pelo empreendimento.

Férias do síndico não é luxo, mas necessidade

Descanso físico e mental é uma necessidade inerente ao ser humano, por isso é importante que síndicos criem esse hábito saudável.

“Não adianta o síndico executar um trabalho fenomenal e não ter descansos programados na rotina do dia a dia, assim como descansos mais longos (férias) para recarregar a energia, mudar de ambiente. Uma hora a ‘máquina’ pifa”, alerta a psicóloga Mariana Lima.

No contexto pandemia, a falta de descanso e a sensação de estar ligado o tempo inteiro para o síndico pode ser até pior, comenta a profissional.

“Trabalhando em casa, com o condomínio inteiro cheio de gente também fazendo home office com elevado nível de intolerância, o síndico não pode ficar ligado 24h por dia à disposição. A mente não aguenta. Não é questão de merecimento, o descanso é essencial para manter a saúde física e mental”, justifica a psicóloga.

De acordo com o Censo SíndicoNet 2021, o principal desafio dos síndicos na pandemia de covid-19 foi lidar com moradores problemáticos, apontado por 46% dos 5 mil entrevistados.

A síndica profissional Roberta Migliolo conta que, em geral, recebe apoio dos moradores e conselheiros, mas há casos isolados de moradores com dificuldade em aceitar a sua ausência em períodos de férias.

Recentemente ela tirou apenas cinco dias de férias e ainda assim recebeu mensagem de um conselheiro em grupo de whatsapp do conselho questionando a ausência dela. “Quando fui eleita no condomínio, avisei que já tinha programado esta viagem, deixei mensagem automática de e-mail e equipe cuidando de tudo”.

Outra situação comum são moradores que, cientes das férias, mesmo assim mandam mensagem porque precisavam de ajuda com alguma questão que, geralmente, pode ser resolvida pelo zelador ou administradora ou que dá para esperar o retorno do síndico.

“Há condôminos que não aceitam falar com outra pessoa, somente com o síndico que elem elegeram. É necessário um trabalho de conscientização de forma didática explicando a eles os papéis de cada um na gestão do condomínio”, diz Karina Nappi, síndica profissional da Admix Services. Ela não tira férias há quatro anos e ainda não tem previsão de quando vai programar as próximas.

Roberta comenta que na pandemia foi muito mais procurada por questões que mexeram com o emocional dos condôminos, o que trouxe desafio maior, além do operacional.

“As pessoas ficaram mais intolerantes, individualistas e viam o síndico como a pessoa que tem que resolver os problemas. Frases como ‘você é paga para isso’, ‘você tem que trabalhar 24 horas’ foram comuns”, desabafa a síndica, que este ano voltou a fazer terapia. As sessões a ajudaram a entender e separar o que é sobre ela daquilo que é sobre o outro.

A psicóloga Mariana Lima explica que cabe ao síndico ter esse preparo, cuidar da auto-estima, saber do seu valor independente do que o condômino pense ou diga para não entrar em um processo de negatividade, baixa valoração e culpa.

“Se o síndico deixou todos os processos organizados, preparou funcionários, administradora e o substituto, alinhou com conselho e avisou moradores, tudo o que está ao alcance dele foi feito. Nas férias, ele está no seu tempo regulamentar de descanso. Se alguém o procurar e ele não responder, não deve se sentir culpado ou mal-educado”, explica a especialista.

Fonte: Síndiconet

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