Seu condomínio está vacinado? Possivelmente não!
Fofocas, intrigas e desentendimentos podem ser consideradas “doenças contagiosas” do mundo condominial
Na maioria das vezes, vemos condomínios sujeitos às intransigências, ao desconhecimento, às ilegalidades, às informalidades que provocam nulidades, falta de responsabilidade, entre outros pontos que deveriam ser naturalmente praticados por todos. Ou seja, tais condomínios não estão vacinados.
Não é de hoje, que síndico, subsíndico, conselho ou mesmo proprietários e moradores acabam por agir com intolerância no meio condominial, esquecendo que são escolhidos para uma função administrativa com o intuito de gerenciar um bem coletivo, onde ações isoladas não teriam vez, pois, este organismo vivo, o qual nomeia-se condomínio, funciona como uma engrenagem de um relógio de cordas: quando uma para tudo para.
Da mesma forma, conduzir este organismo sem conhecê-lo, ou mesmo, participar sem fazer o condomínio progredir, atrasa a vida condominial e a própria gestão.
Não é raro ver em debates sobre previsão orçamentária, questionamento de valor ”x “gasto no mês “y”, ou contestações absurdas sobre a existência de determinada manutenção. E, ainda que esclarecido, insiste-se em desdobramentos desinteligentes sobre o funcionamento do condomínio sem o devido conhecimento prévio, o que, de forma metafórica, vamos notando o surgimento de “doenças contagiosas” na coletividade: fofocas, intrigas, desentendimentos e arrazoamentos infundados.
Considerar ainda que a informalidade dos condomínios é maior que a lei, com justificativas e chavões como: “aqui nós é quem votamos” ou “a assembleia é soberana”, etc., acaba por jogar fora o intuito da lei, que é a preservação do todo (coletivo), acima das maiorias organizadas ou opiniões singulares, ainda que bem intencionadas.
Tomamos como exemplo, obras na área comum, as quais não podem ser realizadas quando estas poderão prejudicar a utilização de áreas privativas.
Ou ainda, o respeito a convocação de uma assembleia, para não pegar de surpresa o ausente, que não participa, também por confiar que o senso coletivo se restringiria nos itens da convocação, entre outros exemplos.
Informal não é fugir do legal.
Existe responsabilidade ao administrar um condomínio, ninguém se furtará desta responsabilidade por assinar sem ler, ou dizer que fez algo porque pediram, ou mesmo, porque seria deselegante falar não.
Antes de responder, é preciso aprender a questionar e compreender, de forma madura, que ao emitir a resposta, esta poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o interesse preponderante da manutenção do bem coletivo.
Seu condomínio está vacinado?
Há planejamento de assembleia antes com os membros do conselho?
Se pensa no coletivo, nos atos praticados?
Há acertos, mas também há erros? E quando estes acontecem, há transparência para debater os fatos?
Informar e esclarecer, são ações fundamentais dentro do condomínio por parte do síndico; é respeitoso que o condômino esteja ciente dos acontecimentos pois, poderá ocorrer que “amanhã”, o que hoje é o condômino quem assumirá a gestão do condomínio, e o futuro síndico ensejará o mesmo respeito praticado por você ao longo de seu mandato.
E que comece 2021!
Fonte: Sindiconet