O mercado de condomínios mudou, provocando a transformação do perfil do síndico, agora mais tecnológico, comunicador e humano
São poucos os mercados que têm um potencial de exploração tão grande quanto o de condomínios. Eu sei, isso não é segredo hoje em dia!!!
Mas este mercado, que vem se multiplicando nos últimos quatro anos, tem profissionais prontos para a demanda que está chegando?
Estou neste segmento há um longo tempo, e na época em que me tornei síndico pela primeira vez, não havia empresas dedicadas a condomínio. Eu atuava no setor de serviço bancário e estava na minha última especialização.
Como bom profissional, aprendi a entregar excelência em atendimento, e isso se tornou um diferencial de gestão no condomínio. Àquela época, comecei a notar o tamanho da carência que existia nesse setor.
Com o tempo, as empresas aprenderam que o mercado de condomínios era muito estável, que havia tickets mais lucrativos, e aos poucos começaram a migrar para esse nicho.
Com síndicos não foi diferente, o setor começou a perceber que uma gestão organizada funcionava melhor, e que quanto mais excelência se entregava, mais se convertia em lucratividade, valorização e melhor locação de patrimônio.
Foi aí que o mercado começou a receber com melhor aceitação os síndicos profissionais.
No início, a maior preocupação e o grande ideal para perfil de síndico profissional era entender a classificação da responsabilidade de síndicos dentro do Código Civil, bem como ter conhecimentos de contabilidade e finanças.
Esse perfil começou a ser muito vendido para preparação de síndicos, com cursos relâmpagos que formavam gestores relâmpagos com uma promessa de salário substancial, sem prepará-los para o mais importante: a relação humana com as pessoas.
Mas o mundo não para e aos poucos o perfil foi migrando por desejos mais pontuais dos condomínios. Um condomínio com demanda jurídica preferia um síndico advogado; um condomínio com demanda de obras, um engenheiro; e assim iam se navegando por mares paralelos à profissão de síndico.
Foi quando pessoas que somente se dedicaram a essa profissão, que o síndico começou a ter um perfil traçado na íntegra da sua profissão.
Hoje ele é um profissional completo, um CEO, que sente na pele as ardências da gestão e está preparado para responder a essa situação.
Uma atualização não somente de competências de gestão, mas de postura de serviço, postura de entrega, enxergando o condomínio como um cliente de serviços.
Percebo ainda que essa atualização poucos perceberam a demanda, ou até as ignoraram, achando que síndicos não seriam nunca vistos de uma forma além do tradicional. É aí que se enganam!!!
O perfil do síndico vem sofrendo uma profunda atualização há anos, e a cada passo que segue, ela qualifica um perfil melhor, mais moderno, e que poucos acompanham.
Hoje o perfil diferenciado, além de cobiçado, é mantido nas gestões, e olhando pelo lado empreendedor, manter carteira é tão ou mais importante que novos clientes.
Em 2020, com as restrições por conta da pandemia, os condomínios se tornaram refúgios de milhares de famílias, e o cenário que antes era exigente agora passou a ser essencial.
O síndico moderno, com perfil tecnológico, comunicador e com desenvoltura para solucionar problemas além dos pré-requisitos históricos nunca foram tão testados e desejados e abriu-se aí 5 anos em 1.
Falávamos em 2019 em 142 bilhões de dólares no mercado condominial. Hoje com o embarque de serviços como lojas de conveniência, vending machines, feiras, empresas fazendo venda direta a condomínios, melhoria do sistema de internet e outras situações, portaria virtual, segurança, sistema de eficiência energética e tantos outros conseguimos imaginar, que o mercado certamente teve uma explosão, um mar azul para poucos.
Mar azul esse que irá levar a um fenômeno silencioso, que vem explodindo no mundo, que margeia o Brasil, mas vem chegando rápido. Esse fenômeno é o pensamento japonês de Sociedade 5.0. Se você recebeu essa informação agora, veja a descrição do conceito da sociedade 5.0:
Sociedade 5.0 é uma sociedade centrada no ser humano, que equilibra o avanço econômico com a resolução de problemas sociais por um sistema que integra altamente o ciberespaço e o espaço físico.
Claro, que a sociedade 5.0 está ligada diretamente à tecnologia, mas não é só isso. Ela foi construída na intenção de resolver problemas sociais por meio da incorporação das inovações da Indústria 4.0.
Seguindo esse caminho, a sociedade do futuro seria aquela em que os valores são construídos continuamente, visando uma integração muito forte entre sociedade e tecnologia, uma melhor qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.
Voltando ao nosso mundo condominial, podemos dizer que de 2020 para 2021 estamos passando pela chegada do morador 4.0, que demanda mais atenção a detalhes de serviço e também demandam mais interesse a tecnologia embarcada nos condomínios.
Hoje, o empreendimento que vende é o que tem um sistema de controle de acesso sofisticado, um painel de comunicação ativo, assembleias virtuais, acesso de documentos na nuvem, lookers, gestão inteligente de resíduos, proximidade aos moradores, tomadas de carro elétrico, bicicletário amplo e organizado, entre tantas outras novidades que tomaram força nestes dois anos.
Mas, já há uma exigência diferente chegando, que ronda ainda alguns poucos empreendimentos e apenas uma fatia da sociedade: uma demanda de um profissional capaz de lidar não mais com prestadores de serviço, mas sim com stakeholders condominiais; são empresas que visam um capitalismo diferente e ampliam sua visão de atendimento.
Um profissional que domina o uso de tecnologia ao seu favor, criando com isso proximidade e atendimento a toda base de sua carteira. Um profissional que entende o perfil de cada condomínio, equilibrando dentro de sua gestão pilares como: INCLUSÃO, SUSTENTABILIDADE , INOVAÇÃO, ÉTICA, SAÚDE E BEM-ESTAR.
Senhoras e senhores, esta será a próxima geração, o Síndico 5.0, um profissional capaz não somente de gerenciar um condomínio nas qualidades técnicas, mas na observação social.
Será capaz de aplicar uma técnica apurada em desenvolver as microssociedades em que é síndico, aprimorando a inclusão, promovendo ações e tecnologias que tenham foco sustentável. Entendendo que a inovação é uma palavra não obrigatoriamente ligada à tecnologia, mas ligada ao diferencial do impacto de uma nova visão.
Um profissional que entenda que a ética está acima de tudo e, principalmente, um profissional focado em entregar e promover a saúde e o bem estar da coletividade que ele cuida. E o resultado de tudo isso será sempre a valorização patrimonial.
Fonte: Síndiconet
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