Existe Fake News no mercado condominial? Saiba mais!

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Papel dos “condominialistas” como “formadores de opinião”

Fake news no mercado condominial existe? Especialista faz um alerta para o mau uso da comunicação e da tecnologia

Não é de hoje que o segmento condominial tem atraído não só a atenção dos profissionais que nele atuam como também o ingresso de novos especialistas, originados de todos os setores, incluindo tanto acadêmicos quanto práticos.

Essa crescente migração profissional não é sem razão. Fontes específicas do setor, como a Base Software, revelam que, atualmente, há no Brasil mais de 400 mil condomínios e um ativo circulante mensal de mais de 5 bilhões de reais nesse universo condominial.

Contudo, sabemos que nem tudo são flores nesse tamanho e fantástico potencial do setor, e um dos pontos de alerta está relacionado ao fator comunicação.

Se por um lado, a divulgação de matérias e notícias ligadas ao mundo condominial é importante e reforça o interesse no segmento (especialmente pela rápida migração para as grandes cidades e seus entornos nas últimas décadas, com a consequente verticalização das cidades), por outro lado, interesses mercantis com bens e serviços aliada à falta de pesquisas confiáveis ou fontes checadas trazem ao público informações sem qualquer fundamento, o que muitas vezes podem iludir quem necessita justamente de bons dados para com ele se fundamentar.

O alerta serve para demonstrar que ainda há um longo caminho a percorrer. Todos, operadores da área condominial, devem buscar não o consenso, mas o comprometimento e o cuidado com a propagação de conteúdos inexatos.

Afinal, é preciso entender a responsabilidade de se expressar e de se expor. A difusão de informações através dos meios de comunicação é absolutamente incontrolável.

É obrigatório que cada autor de cada informação ou dado tenha comprometimento total com a ética e com a veracidade. Competência e ética não são valores excludentes. Ao contrário, são complementários.

Nesse sentido, cabe citar um dos maiores pensadores contemporâneos, Charles Handy, filósofo irlandês especializado em gestão e comportamento organizacional. Entre suas obras, está o “The Second Curve” (Tradução: “A Segunda Curva”).

Nessa narrativa, destaca-se a visão de que enquanto a primeira curva esta em ascensão, no topo, vai surgindo a segunda curva, quase que de modo imperceptível, silenciosamente superando a “corrente tradicional”, vigente.

A obra do filósofo irlandês serve de alerta para todos os profissionais de todas as áreas, inclusive a condominial. Devemos ficar atentos, pois este segmento também haverá a ação disruptiva. Não só os criadores de conteúdo, mas todos do âmbito condominial se modificarão com a veloz e necessária profissionalização do setor.

Nesse mundo em que a tecnologia possibilitou a criação e disseminação instantânea de informações, temos inúmeros exemplos do mau uso dessa comunicação.

Nós precisamos ficar atentos e vigilantes com o nosso segmento, conhecendo e atendendo efetivamente o que ele necessita. É preciso que cada um de nós se veja como influenciador e assuma sua verdadeira função. Antes que a segunda curva nos engula.

A facilidade da difusão das matérias por meios digitais não reduz o comprometimento acima mencionado.

Cada vez mais, os que habitam esses centros necessitarão de informações precisas para orientar-se. A facilidade com os sistemas amplia a visibilidade, mas, lembre-se: computador não toma decisão, quem toma decisão é gente!

Fonte: Sindiconet

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