Porém, atualmente, os casos de assaltos estão cada vez mais frequentes nesses empreendimentos. Para lidar com essa situação, a solução é potencializar o cuidado no dia a dia, uma vez que as medidas de segurança não devem ser realizadas apenas pelo porteiro.
A responsabilidade pela proteção dos condôminos e seus patrimônios é de todos os envolvidos. Desse modo, síndico, moradores e empresas terceirizadas devem fazer a sua parte. Considerando que todos participam desse sistema integrado, é fundamental conhecer a responsabilidade de cada grupo na segurança condominial. E você? Está seguro? Acompanhe a leitura.
Quais os 4 principais erros com a segurança condominial?
1. Falta de planejamento e investimento na estrutura
A estrutura de segurança de um condomínio envolve basicamente 4 partes: portões, guarita, cercas e muros. Tudo isso aliado com constante monitoramento por meio de câmeras. Dentre as 4 partes, a guarita tem um papel vital. Quanto a isso, dá para notar dois problemas comuns: prédios antigos sem projeto voltado para segurança e condomínios novos com plantas antiquadas.
No primeiro caso, percebe-se que alguns condomínios possuem muros baixos, guarita com pouca visão da rua, garagens que facilitam a entrada de estranhos e outras condições vulneráveis. Isso pode acontecer devido à falta de preocupação com segurança na época da construção. Na segunda situação, os mesmo problemas podem aparecer pela falta de perícia ou mesmo negligência.
2. Falta de qualificação e orientação para o porteiro
Nesse aspecto é que ocorrem as maiores falhas. A falta de regras específicas para a portaria pode comprometer a segurança de todos os moradores e tornar inútil a presença de equipamentos de segurança. Além de regras, é preciso haver treinamento para o profissional. Isso é responsabilidade do síndico.
Além do mais, é comum ver o porteiro fazendo favores para os condôminos, como: ajudar a estacionar, fazer entregas na porta, auxiliar com as compras e outras ajudas absurdas.
3. Deixar a portaria aberta
Pior do que não ter porta, é deixar ela aberta. Essa antiga frase se aplica à situação de condomínios que possuem alto fluxo de pessoas. Em alguns deles, o portão fica aberto nos horários em que muitas pessoas estão saindo ou voltando do trabalho.
4. Não investir em segurança eletrônica
Falar sobre mais gastos nas assembleias dos condomínios é sempre um desafio. Nem é preciso dizer que o investimento em segurança condominial é cada vez mais necessário ao passo que assaltantes aumentam a engenhosidade de seus crimes.
O que o síndico pode fazer pela segurança condominial?
O papel do síndico é realizar a administração geral e efetuar as tomadas de decisões perante as assembleias. Em questão de segurança, cabe a ele zelar pela proteção dos moradores e dos bens do condomínio, por meio de precauções essenciais para preservar o patrimônio de todos.
Em vista disso, antes de investir em alta tecnologia para garantir a segurança de todos, o síndico deve proporcionar proteções básicas, como conscientizar moradores e funcionários com relação à necessidade de seguir as normas do condomínio, dar atenção ao entorno do edifício e treinar os condôminos sobre os equipamentos.
Além disso, é imprescindível que a contratação de empresas terceirizadas não tenham foco somente nos custos. A escolha deve ser feita pela capacitação dos profissionais e da tecnologia aplicada.
O que cada morador deve fazer pela segurança do condomínio?
É importante destacar que os assaltos estão cada vez mais engenhosos. Alguns utilizam a tática de se passar por moradores ou amigos da família. Nessas situações, mesmo com a instalação de excelentes tecnologias de segurança, os moradores podem ignorar ações que proporcionam a segurança preventiva, abrindo brechas para os assaltantes.
Como os ocupantes de um condomínio são elementos primordiais na movimentação de um conjunto residencial, eles têm a responsabilidade de se identificarem de maneira correta, tanto na entrada, como na hora da saída. Além disso, é necessário comunicar o recebimento de encomendas e pedidos de alimentos, avisar antecipadamente sobre a vinda de prestadores de serviço ou visitantes e fazer os devidos cadastros de diaristas.
Manter a portaria informada sobre as movimentações de entrada e saída é uma das regras básicas para promover a segurança de funcionários e moradores do condomínio. Mesmo que esses procedimentos pareçam muito burocráticos, são medidas necessárias a fim de analisar a autenticidade dos dados, sem colocar a vida e os bens dos moradores em risco.
No caso das garagens, é importante ser vigilante, observando atentamente se não há alguma pessoa suspeita nas proximidades antes de abrir o portão. Além disso, é bom lembrar de não deixar o carro destrancado ou trancá-lo com objetos de valor em seu interior. Esse cuidado evita que o veículo fique mais atrativo.
Portanto, com a colaboração dos moradores, o serviço dos porteiros poderá se tornar mais eficiente. Lembrando que o síndico também não deve contratar um funcionário despreparado para lidar com segurança preventiva. Dessa forma, outro compromisso primordial dos condôminos é manter o síndico informado sobre possíveis atitudes irresponsáveis dos porteiros com relação à segurança do empreendimento.
Como o porteiro colabora para a segurança condominial?
Um engano comum é se referir ao porteiro como o segurança do prédio. Embora ele deva zelar pela segurança do local, não tem essa função. Por esse motivo, logo após a sua contratação, é imprescindível que ele passe por treinamentos específicos, analisando diversos tipos de abordagens suspeitas e atuando em simulações de ações em caso de perigo.
É essencial que o porteiro reconheça a diferença entre uma movimentação normal e suspeita, e como proceder em benefício da segurança do condomínio e seus moradores. Dado que, para esse ofício, não costuma haver a utilização de artefato de fogo, ele deve inibir as ações de criminosos.
Portanto, é importante permitir o acesso de funcionários de empresas de TV a cabo, internet, concessionárias de água, gás ou luz somente depois de se certificar que existe de fato um pedido por parte dos moradores. No caso de dúvidas, o porteiro deve ligar para a administradora a fim de entender se houve algum chamado desse tipo ou buscar a identificação do funcionário por meio da fornecedora do serviço solicitado.
O mesmo cuidado deve ser oferecido em questão de visitantes, afinal, é necessário ressaltar que o porteiro é o elemento mais importante para orientar os moradores e contribuir com a proteção do local. Dessa maneira, é sempre bom manter tanto o zelador quanto o síndico informado sobre possíveis irregularidades verificadas durante o seu expediente.
Qual o papel das empresas terceirizadas?
A prestadora de serviço contratada por um condomínio para atuar na vigilância e segurança é responsável por todo o condomínio e seus moradores. Por isso, na ocasião em que ocorrem arrombamentos e furtos, a responsabilidade pelas perdas e danos é da empresa, uma vez que seu dever é basicamente garantir a segurança do local.
Vale ressaltar que, no caso de roubos em apartamentos, a empresa terceirizada de segurança apenas será responsabilizada se houver a comprovação de que o ocorrido se sucedeu por conta da negligência de seus profissionais. Contudo, só a contratação de uma empresa especializada não é o suficiente para a proteção dos moradores e seus patrimônios. Se a intenção é minimizar falhas humanas, considere a instalação de equipamentos para ampliar a segurança do condomínio.
Por exemplo, a entrada dos moradores pode ser automatizada, por meio da utilização da biometria, um recurso extremamente seguro, mesmo em casos de falta de energia. O reconhecimento biométrico é realizado de maneira facial ou pela impressão digital, garantindo controle completo das pessoas que acessam as dependências do lugar.
Outro método mais simples são as senhas para o controle de acesso. Tais senhas evitam que os moradores manipulem diferentes chaves para acessar todas as áreas do condomínio. Essa solução mantém a segurança de todos os moradores, mesmo que um dos ocupantes perca a sua chave.
Quais as soluções para os principais erros?
Investir em uma boa infraestrutura no condomínio
Alguns erros estruturais podem ser difíceis e caros para corrigir. Entretanto, podem existir tecnologias que sirvam para compensar determinada falha no projeto. Por exemplo: se a garagem tem acesso vulnerável, a presença de câmeras e boa iluminação podem ajudar.
Qualificar e treinar o porteiro
Além de deixar as regras claras para o profissional é preciso haver treinamento constante. Veja o motivo: muitas vezes quando o porteiro começa na função ou há uma mudança no esquema de segurança, as atividades fluem bem e a vigilância é eficaz. Contudo, após algum tempo a tendência é “baixar a guarda”.
Ademais, o porteiro deve saber como agir em diversas situações e como identificar situações perigosas. Tanto ele como os moradores devem estar cientes que a dedicação a portaria é durante 100% do tempo. Nada de favores!
Manter sempre a portaria fechada
Mesmo em horários de alta movimentação essa deve ser a regra. Uma boa solução para isso é usar o fechamento automático e ter muita atenção à abertura e fechamento dos portões da garagem.
Investir em equipamentos de segurança eletrônica
São vários dispositivos que podem aumentar a segurança do condomínio. Eles devem ser instalados de acordo com as particularidades de cada local. Entre os principais itens, destacam-se:
- câmeras 24 horas;
- circuito fechado de televisão com gravação;
- sensores de presença em determinados ambientes;
- sistema de controle de acesso para pedestres e a garagem etc.
Como saber quais desses itens devem ser instalados em seu condomínio? Nessa hora, é importante ter uma empresa aliada para prestar assistência e disponibilizar produtos com tecnologia superior.